sábado, 14 de junho de 2008

Arte no revestimento

Exposição As coleções do museu nacional do azulejo de Lisboa, Galeria de Arte do Sesi.

Dia 13 de junho.

Azulejos com trazendo repetições, criando texturas visuais nas paredes, são considerados vintage hoje em dia, mas durante muito tempo na península ibérica, a fabricação de azulejos desse tipo foi uma produção artística muito importante na sociedade.
Essa exposição apresenta a evolução do azulejo em Protugal desde o século XVI até o século XX, e mostra todas as influências que sofreu essa produção, desde a tapeçaria persa até o modernismo, e o apresenta como algo mais além de um simples revestimento para paredes, mostra que foi durante muito tempo um suporte para produção de ótimas obras de arte.A questão da repetição de formas é uma ótima referencia para criação de diversas peças gráficas, principalmente na área de estampas. Mas acredito que o que mais impressiona quem visita a exposição são os painéis de azulejos pintado em azul cobalto sobre o branco, ora retratando cenas religiosas, ora mostrando cenas bucólicas e marítimas, devido a Portugal estar fazendo muitas expedições para descobrir e explorar novas terras, como o Brasil.

Arigatô, Sayonara, Pokémon

Exposição O Japão em cada um de nós, espaço cultural do Banco Real, agencia Avenida Paulista.

Dia 13 de junho.



Essa exposição me surpreendeu, pois estou cansado já de ver exposições clichês sobre o centenário da imigração dos japoneses ao Brasil, mas de forma simples e objetiva, os organizadores conseguiram mostrar a influencia que os imigrantes japoneses trouxeram para o nosso cotidiano em alguns produtos alimentícios, trabalhando como feirantes [imagina uma barraca de pastel sem um japonês pra vender?!], nas roupas, com seus ideogramas, enfim, em diversas áreas. A decoração da exposição é incrível, e interação que o visitante pode ter através de gavetas que guardam livros e documentos, fones de ouvido com depoimentos de bisnetos de japoneses que vivem no Brasil, e caso você seja japonês, pode consultar como sua família chegou por aqui. Sem contar que me fez descobrir esse espaço de exposições que eu não sabia que existia.

Futebol diferente

Espetáculo Jogando no Quintal, fazendo parte do projeto Redes da Criação, do Itaú Cultural.

Horário: dia 13 de junho, às 19h30.


Espetáculo montado como uma partida de futebol, em que palhaços improvisam piadas e cenas cômicas inspirados em temas surpresas dados pela platéia durante o espetáculo. São dois times improvisando e um juiz, além de uma banda, a banda gigante que ajuda na sonoplastia, também improvisada. O vencedor da partida é escolhido pelo público, que no começo do espetáculo recebe um folder contando a história deles, e que fechado, tem um lado laranja e outro azul, e assim, votam levantando a cor do time que acharam melhor naquela rodada.É de rolar de rir. O mais interessante é que nunca uma apresentação é igual a outra, pois os temas são sempre escolhidos na hora, portanto, o resultado do espetáculo depende diretamente da platéia que está assistindo e sugerindo.

É possível?

Montagem da peça Não sobre o amor, da Sutil Comapanhia de teatro, exibida no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil.

Dia 8 de junho, ás 18h. [estará em cartaz até 9 de julho.]

Uma história que se desenrola por meio das cartas escritas por Victor a sua amada Alya, que ao não agüentar mais ler nelas o quanto ele a ama, pede que não lhe escreva mais sobre o amor. Então Victor tenta, mas se encontra diante de uma dificuldade: como não escrever sobre o amor para a pessoa que mais ama na vida?
Uma frase de Alya que me marcou muito foi quando ao responder uma das cartas ela lhe escreve:
“Não diga mais o tanto, tanto, tanto, tanto... que me ama, pois me canso no terceiro tanto e paro de ler.”

O mais impressionante desse espetáculo é o cenário: a cama e a escrivaninha ficam na parede, a porta está de ponta cabeça na parede e a janela fica no teto, é como se o quarto estivesse girado, mas de um jeito que não há lógica. Eles deitavam na cama e sentavam-se n a escrivaninha que estava de lado, e parecia que estavam normalmente nas posições corretas. Incrível! Sem contar as projeções que eles usam sobre a parede de fundo do cenário, que por várias vezes me fizeram achar que era real, e não um a projeção.

A dinâmica da peça é um pouco lenta, mas vale a pena conferir o espetáculo principalmente por causa do cenário.

[professor, não tenho fotos, mas tenho o ingresso para comprovar]

A representação da fé

Exposição A divina inspiração: sagrada e religiosa – Sincretismos, com curadoria de Carlos Lemos [arte sacra] e Vagner Gonçalves [arte religiosa afro], museu AfroBrasil

Dia 8 de junho.

Sincretismo é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas.
Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra.*

*Pequeno glossário, porque eu não sabia o que era sincretismo.

A exposição apresentava os pontos comuns e no que se diferenciam o catolicismo e a umbanda e o candomblé, colocando lado a lado suas imagens de santos e entidades, comparando as influencias que uma causou na outra.
Achei interessantíssimo poder visualizar a representação das entidades da umbanda como Pomba-gira, Exú, Cigana, entre outras, que geralmente ficam só no imaginário da spessoas que ouvem falar. A forma que eles usaram de colocar os ‘souvenirs’ de uma e de outra religião colocados no mesmo local, como se fosse uma banquinha de feira retratou também a comercialidadew que acaba se misturando com a fé.
O ponto negativo da exposição foi que em alguns momentos ficava confuso saber qual era a intenção de algumas instalações.

[não foi autorizado fotografar a exposição, mas o museu emitiu um papel de visitação]

Várias pernas numa só

Exposição Formas e pulos: o Saci no imaginário, com curadoria de Vladimir Sacchetta, no museu AfroBasil.

Dia 8 de junho.

Exposição que conta com interpretações de diversos artistas sobre o saci, personagem símbolo do folclore brasileiro.
As obras eram ilustrações, cartazes, capas de livros, esculturas em vários materiais e fantoches.
O que mais me chamou atenção foi que eu nunca tinha visto um saci com aparência de idoso, e lá havia alguns, e também havia saci mulher.
Achei muito boa a iniciativa de valorizar a cultura brasileira, e particularmente me agradam muito as exposições com releituras e reinterpretações.
O único ponto negativo da exposição foi que o museu reservou pouco espaço para expor as obras.





[tirei fotos da exposição, mas não apareço nelas, mas o museu emitiu um papel de visitação]

Viagem à América Latina de Niemeyer

Visita monitarada ao Memorial da América Latina, conhecendo todo seu acervo, arquitetura e curiosidades.

Horário: dia 10 de junho, das 12 às 14h.

O Memorial da América Latina é um espaço cultural em São Paulo que eu considero muito mal divulgado, pois acontecem diversas atividades lá, sem contar o acervo de arte indígena e latino-americana que eles possuem, além de ser um dos mais reconhecidos complexos arquitetônicos de Oscar Niemeyer.
Nessa visita monitorada, a instrutora Raquel fez um tour pelos vários prédios que formas este complexo, mostrando a arquitetura e explicando o conceito que Niemeyer, junto com o antropólogo Darcy Ribeiro, usou para projetá-los, como a inspiração nas formas femininas, a intenção de criar praças de convivências para que os povos se encontrassem e compartilhassem de suas experiências [praça cívica e praça das sombras], a preocupação que as pessoas tivessem um amplo campo de visão quando estivessem visitando o Memorial, entre outros detalhes. Foi explicado também prédio a prédio visitado, o que ele abrigava e sua utilidade.
Prédios visitados:
Pavilhão da Criatividde Darcy Ribeiro – acervo de arte latino-americana.
Salão de Atos Tiradentes – Painéis de Carybé, Poty e Portinari.
Galeria de Arte Marta Traba - exposições de arte temporárias.

[tirei fotos, mas estão com um amigo, amanhã postarei elas em um outro post mas será emitido o certificado.]

Resultado Único

Durante a 6ª Semana de Museus [12 a 17 de maio], o Memorial da América Latina organizou oficinas de xilogravura e monotipia que permitiram ao público presente uma maior interação com o meio artístico. Trazendo como pano de fundo o debate sobre a inclusão social através das artes, as oficinas tinham como objetivo demonstrar o caráter dinâmico que pode e deve ser atribuído a essas instituições.

http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=1116

Porém, as oficinas foram ministradas durante a semana, e quem trabalha não pode comparecer. Devido ao sucesso das oficinas e à procura de pessoas nas condições citadas acima, o Memorial decidiu repetir as oficinas de monotipia e xilogravura no dia 7 de junho, contando com a participação de funcionários e pessoas que tentaram se inscrever na semana e não puderam comparecer.

Participação em oficina de monotipia no Memorial da América Latina.

Horário: dia 7 de junho, das 8h às 11 h.

A técnica, como o próprio nome sugere, consiste em extrair de uma matriz de vidro ou placa de poliestireno (material impermeável) gravuras únicas. “É possível trabalhar a monotipia de diversas maneiras, podemos desenhar primeiramente na placa de vidro e depois estampá-la no papel ou então entintar toda a placa para depois com a mão e os dedos obter figuras novas”, relata a artista.
A artista plástica e educadora Ângela Barbour repetiu então a sua oficina de monotipia. Depois de uma explicação básica sobre a técnica, começamos a produzir. O interessante da monotipia, além do fato de cada impressão ser única, é que ela permite fazer muitas folhas em pouco tempo, o que deixa a experimentação muito mais divertida e produtiva. No começo é sempre uma surpresa o que vai sair na ‘mancha’ de tinta, mas depois de um tempo já é possível pensar em como você quer que a ‘mancha’ fique, e manipular a tinta conscientemente para alcançar o resultado desejado.
[não foi permitido tirar fotos da oficina]

Na madeira!

Participação em oficina de xilogravura e literatura de cordel no Memorial da América Latina.

Horário: dia 7 de junho, das 14h às 18 h.

“A idéia é aproximar os participantes da cultura popular nordestina através da gravura”, explica Alice, que ministrou a oficina. “Xilogravura é a técnica que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem entalhada inúmeras vezes no papel”, continua a artista.
http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=1116
A artista plástica Alice Quadrado, assim como Ângela Barbour, repetiu a dose da oficina da 6ª semana dos museus nesse sábado, dando oportunidade pra pessoas que trabalham participarem das oficinas.

A oficina contou com a apresentação da técnica e da sua aplicação na literatura de cordel, muito presente na cultura nordestina. Depois gravamos uma matriz de madeira e imprimimos, conhecendo assim todo o processo de produção de uma folha xilográfica.
A oficina foi muito legal, a artista ajudou muito e foi sempre solicita, o memorial forneceu todo o material necessário. O único contra foi não termos trazido nossa ilustração pra casa, pois eles pediram que ficasse com eles.

[não foi permitido tirar fotos da oficina, mas foi emitido certificado.]

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O bom filho à casa torna!

O SEGUNDO PASSO: O QUE FAZER APÓS O TÉCNICO?




Palestra ministrada aos alunos do curso técnico em design gráico da ETEC José Rocha Mendes.Ministrada por: Anna Carolina Vieira Santos e Everton Santana de Souza.



Horários: dia 7 de maio, das 14h às 16h e das 20h às 22h.





Eu e a Anna somos ex-alunos do curso técnico de Design Gráfico da Etec José Rocha Mendes, e como em todo curso, os alunos que se formam percebem alguns problemas e sentem falta de alguns apoios e informações quando se formam. Apoiados nisso e inspirados pela chance de poder também mostrar nosso trabalho profissional hoje para pessoas que estão querendo trilhar o memso caminho que o nosso, aproveitamos a oportunidade que foi concedida pela coordenadora do curso, a professora Mirian Rose Gaspar com o auxílio da professora Isaura Molinari, ambas do surso técnico e nossas ex-professoras, desenvolvemos esta palestra para poder preencher as lacunas que ficaram para nós quando nos formamos.



Os assuntos principais da palestra foram:

-O que é design? Há uma definição?

-As várias vertentes do design: digital, gráfico, de interiores e até de sombrancelha!

-Formados no técnico, e agora?

-O mercado de trabalho e suas opções.

-Opções de faculdades e cursos.

-Apresentação dos portfolios de Anna Carolina Vieira e Everton Santana [trabalhos profissionais e acadêmicos]



A palestra foi bem recebida pelos alunos, alguns dos quais mantemos contato até hoje, e foi muito elogiada pelos nossos ex-professores. Muitas dúvidas surgiram, e percebemos que a principal deficiencia do curso técnico é ausencia de informações sobre o que é o mercado, onde um designer pode atuar.

A experiência de ser útil e de poder contribuir, com nosso trabalho e nossa experiencia, para a vida desses futuros concorrentes, é muito gratificantes, e me faz ter mais certeza que quero um dia ter a oportunidade d einfluenciar e ensinar pessoas como professor de design.

Agradecimento espcialíssimos às professoras da Etec José Rocha Mendes: Rita Bacani, Mirian Rose Gaspar e Isaura Molinari.

Técnica e Experimentação!

OFICINA DE ISOPORGRAVURA



Matriz e folha impressa de um dos alunos

Oficina ministrada aos alunos do curso técnico em design Gráfico da ETEC José Rocha Mendes.
Ministrada por: Anna Carolina Vieira Santos, Everton Santana de Souza, Jeng Ho Rocha e Rafael Rollemberg Carozzi Aguiar.

Horário: dia 8 de maio, das 14h às 18h e das 19h às 22h.

A gravura em isopor é usada como um recurso artístico e didático que reconstrói o processo da xilogravura, gravura em relevo, feita em madeira.Ela apresenta especificidades que favorecem o manuseio das crianças, por exemplo, apresentando, de uma forma geral, menos rigidez que a madeira. O isopor, mais poroso e macio, não exige as goivas ou estiletes usados para cortar a fibra da madeira, mas pelo contrário: pode ser gravado com praticamente toda sorte de objetos, desde lápis, uma ponta seca, a tampinhas, pregos etc.


texto extraído do blog http://coisasquepodemosfazer.blogspot.com/2008/01/gravura-em-isopor-usada-como-um-recurso.html, vale a pena entrar para saber mais sobre como produzir isoporgravura e um pouco da história da gravura.
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A partir de uma proposta da aula de ilustração da professora Cristina Burger na Anhembi, Eu e Anna demos essa oficina para os outros alunos da nossa classe, e o resultado foi surpreendente e empolgante, pois os colegas adoraram produzir isoporgravura e resultaram trabalhos excelentes. Com isso, pensamos em aplicar essa oficina na Etec Rocha Mendes, que fica na Vila Prudente, São Paulo, para os alunos do curso de Design Gráfico, cujo somos ex-alunos. Pedimos a ajuda do Rafael e do Jeng para aplicarmos essa oficina lá. O resultado foi mais satisfatório do que na faculdade, pois além de excelentes trabalhos, vários alunos disseram que iriam utilizar da técnica em trabalhos pessoais ou do curso. Inclusive, ao ir buscar o certificados tive a oportunidade de assistir uma oficina cultural produzida pelos alunos do 3º semestre do curso sobre Gravuras em geral, e eles para decorar o ambiente onde aconteceria a oficina, fizeram várias gravuras com a técnica que ensinamos.




Workshop na faculdade que deu origem à oficina



Na oficina apresentamos um panorama geral sobre xilogravura, que foi a técnica que deu origem à isoporgravura [uma opção mais barata, simples e rápida], e explicamos como funcionaria a produção dos seus respectivos trabalhos aos alunos. Havia em torno de 70 pessoas em cada oficina [tarde e noite].





Alunos gravando as matrizes

Os trabalhos foram produzidos em uma matriz de isopor [bandeja], gravado com lápis, chaves, estiletes e outros materiais de opção dos alunos, e a impressão foi feita em papel de seda e/ou sulfite, com tinta tipográfica a base de óleo.


Processo de impressão: gravação, entintamento da matriz e impressão.

Nós ajudamos em todo o processo, desde a gravação até a impressão das folhas, porém, o que foi dito de melhor da oficina foi a oportunidade de experimentar e por a mão na massa. A única reclamação que houve foi a falta de tempo para fazer mais e a tinta, que era difícil d elimpar das mãos, mas quanto à execução da oficina, foi um sucesso. Prova disso é que fomos convidados a desenvolver novas oficinas e workshops junto à escola.